Manuela Bronze

 

Artista Plástica e Figurinista. Nasceu em Moçambique, vive e trabalha no Porto. Desenvolve atividade artística regular com participação em workshops e em exposições colectivas e individuais. No design de figurino a sua atividade estende-se ao teatro, bailado, ópera e cinema. Docente do Departamento de Teatro na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto (IPP).

 

Desenvolve atividade regular no campo das Artes Plásticas, tendo participado desde 1977 em exposições colectivas, com cerâmica, desenho, pintura, gravura e serigrafia, em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente em França, Bélgica, Moçambique, Brasil e Espanha.
Apresentou Exposições Individuais em: 1974 - Sociedade de Estudos de Moçambique; 1986 - “Cartas do Meu Jardim” Galeria E.G.; 1990- “A Casa de Bernarda Alba”,  Galeria da Coop. Árvore; 1992 - “Terraço de Histórias”,  Galeria Municipal de Exposições V.F. de Xira; Galerie du Centre Culturel de Wégimont, e Galerie des Assurances  Fédérales, Liège, Bélgica; 1995 - “Visita Breve”,  Galeria Cooperativa Árvore, Porto; 1997 - Pintura e Desenho na Galeria Testemunhos; 1998 - “Apartamento”, Esteta Galeria; 2002- “Cromos sem Cartilha” na Galeria Municipal de Alhandra e na Esteta Galeria, Porto; 2005- “Muito”, Instalação na galeria Esteta 7/Por Amor à Arte, Porto;
A PELE DA PERSONAGEM": Exposição de Design de Figurinos em 1999 na Cooperativa Árvore, Porto e em 2001 no Forum Cultural de Ermesinde.

No Design de Figurino tem trabalhado para Teatro, Ópera, Bailado e Cinema nomeadamente com: Grupo dos Modestos do Porto; Cena/Companhia de Teatro de Braga; Círculo Portuense de Ópera; Companhia de Bailado do Porto; Centro Cultural de Évora; Boston University Theatre; Lyric Stage—Boston; Centro Dramático Almeida Garrett, Lisboa; T.E.P. Teatro Experimental do Porto; CULTURGEST / Lisboa 94 —Capital da Cultura, ESMAE  e  com os encenadores: Rui Madeira, Júlio Cardoso, Norma Silvestre, Dennis Krief, Permim Treku, Mário Barradas, José Peixoto, José Martins, Luís Varela, Fernando Mora Ramos, Richard Sear, Bill Findlay, Rilan Brenner, Nino Mangano, José Leitão, Marcelo José, Acácio de Carvalho, Tim Coleman, Roberto Merino, Júlio Cardoso, Vitor Zambujo, Teresa Vieira, António Pires, António Durães, Mietta Corli e Paulo Lages.
E com os realizadores: Paulo Rocha, Sagnail e Regina Guimarães, Costa e Silva e Henrique Oliveira.
Destacam-se como produções mais recentes:
- ‘’A Bailarina vai às compras’’ de Júnior Sampaio, encenação de Rita Lello, ENTREtanto Teatro na Barraca, 2011, Lisboa;
- ‘’Jojo, o reincidente’’ de Joseph Danan, encenação de Mora Ramos e Paulo Calatré, Teatro da Rainha, 2011, Caldas da Rainha;
- ‘’Se eu fosse ladrão roubava’’ guarda-roupa, filme com realização de Paulo Rocha, 2011;
‘ - ’Olhos Vermelhos’’ (título provisório), em rodagem,  guarda-roupa, com realização de Paulo Rocha, 2009;
‘’ - o fim’’ de António Patrício, encenação de Vítor Zambujo, CENDREV, 2009;
- "Estados eróticos imediatos de Soren Kierkegard" de Agustina Bessa Luís, encenação de Roberto Merino, Seiva Trupe, Novembro, Porto, 2008;
- ‘’Fulgor e Morte de Joaquim Murieta’’  de Pablo Neruda, encenação de Roberto Merino, cooprodução Teatro Art’Imagem e Teatro Nacional S. João, Porto, 2007;
- ‘’Criadas para todo o serviço’’ de C. Goldoni, encenação José Peixoto, cooprodução CENDREV e Teatro Nacional D. Maria, Évora e Lisboa, 2007.



Sobre o trabalho
Esta é linguagem com que desenvolvo um trabalho que funde variáveis de uma herança genética, com a vivência do teatro, a exploração das matérias, as experiências e fronteiras de culturas distintas e justapostas com que nos cruzamos, permanentemente, tanto no dia a dia como na História.
Partindo da matéria têxtil tento construir uma poética híbrida onde a narrativa estabelece jogos de representação que abrangem os mitos fundadores da civilização europeia, a dimensão doméstica, a cultura popular, a iconografia religiosa ou a própria história das artes visuais e os seus meios e modos. De tal maneira o têxtil enfatiza o elemento humano que acaba por subverte-lo no espaço da narrativa, dispensando, assim, a sua figuração.
Interessam-me os tecidos, os retalhos, os padrões e as cores, sejam eles naturais ou sintéticos, para lhes conferir novos sentidos, em justaposições tão ecléticas como aquelas que atravessam o quotidiano, tanto no interior da casa como no mais urbano exterior. Nesses retalhos justapostos, os estilos do imaginário floral e as apropriações resgatam memórias sobre as quais me interessa refletir, enquanto formas que expressam sentidos da condição plural na contemporaneidade.
Interessa-me a representação quando, na estratégia narrativa, ultrapassa convenções e preconceitos, para explorar a articulação entre os panos, a costura e o bordado, como se de desenho ou pintura se tratasse.
Assim, quer os PANOS quer os PAPÉIS, desdobram-se nas séries Quotidiano Obrigatório e Cartas do Meu Jardim, englobando temáticas já exploradas anteriormente com outros suportes e materiais.
MB-PORTO-2011