Liquid Societies (“sociedades líquidas”), título adoptado da coletânea de artigos de Umberto Eco com o mesmo nome, é uma série iniciada em 2016 com o início da crise dos refugiados do Médio Oriente – mote que, ao ser desenvolvido, levou a inúmeras outras referências da sociedade contemporânea atual: rápida, frágil, alucinada e alucinante, de valores mutáveis.
Mantendo a linguagem do Desenho como central, esta é a primeira linha de trabalhos em que a autora destaca a linguagem da colagem, aumentando o carácter dramático das cenas e a fragilidade dos resultados, do suporte - numa alegoria direta à fragilidade dos sistemas, do mesmo modo tão facilmente corrompíveis.
É dessa facilidade na manipulação imprevisível daquilo que se considera certo que parte o exercício proposto: a destruição do acabado, do correto e do seguro, das referências e do inteligível; a adaptação e tradução tendenciosa; a formatação pelo exemplo do ideal como única forma viável – questões plasticamente trabalhadas, por vezes até à exaustão, resultando num afastamento do contexto e conteúdo e aproximação do abstrato e da liquicidade da própria Arte Contemporânea. |
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